Foi aprovado pela Anvisa, nesta segunda-feira, 14, o registro da vacina IXCHIQ (vacina chikungunya recombinante atenuada), produzida pelo Instituto Butantan. O imunizante será indicado para a prevenção da doença em pessoas com risco aumentado de exposição ao vírus chikungunya. A vacina, de dose única, é contraindicada para menores de idade, gestantes e pessoas imunodeficientes ou imunossuprimidas.
Comprovação científica
A vacina, ainda em fase de teste, demonstrou bons resultados na produção de anticorpos contra o vírus chikungunya, especialmente em adultos e adolescentes que tomaram uma única dose. Mesmo com esses bons resultados, a Anvisa só liberou o uso da vacina depois de firmar um acordo com o Instituto Butantan, exigindo que sejam feitos estudos contínuos sobre segurança e eficácia e que haja monitoramento constante dos efeitos da vacina.
Entenda a vacina
A vacina, desenvolvida pela farmacêutica austríaca Valneva. A fabricação será feita na Alemanha, pela empresa IDT Biologika GmbH. O Butantan prevê a fabricação no Brasil no futuro. O imunizante é uma vacina recombinante atenuada, isso significa que o vírus usado na vacina foi enfraquecido. Ele não é mais forte o suficiente para causar a doença, mas ainda consegue “treinar” o sistema imunológico para reconhecê-lo e combatê-lo no futuro, se a pessoa for exposta ao vírus de verdade.
Incorporação no SUS
Após a aprovação do registro da vacina pela Anvisa, o Ministério da Saúde solicita sua inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS). A solicitação será encaminhada à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), que tomará as providências necessárias para dar andamento à análise da disponibilização da vacina na rede pública de saúde.
A expectativa é que, após a aprovação e com a capacidade de produção adequada, a vacina seja integrada ao Programa Nacional de Imunizações, potencializando as ações de enfrentamento à doença no Brasil. "Sempre que temos a notícia de uma nova vacina registrada, é uma excelente notícia para a saúde pública, especialmente quando envolve duas instituições cruciais do SUS: a Anvisa e o Instituto Butantan. Vacinar é, acima de tudo, uma forma de defender a vida. Garantir a vacinação é o primeiro passo para salvar vidas em nosso país", destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.