Mudanças climáticas
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segunda, 03 de junho de 2024

A ECO-92 foi uma Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento, realizada na cidade do Rio de Janeiro em junho de 1992. Chamada também de Cúpula da Terra; a convenção reuniu chefes de Estado e delegados de 179 países (93% das nações sendo representadas).
Foi considerada a maior conferência do tipo realizada até então. Estabeleceu de forma definitiva o conceito de desenvolvimento sustentável e abordou questões fundamentais para que se possa alcançá-lo, levando em consideração a esfera social e econômica. Abordou as mudanças climáticas e a questão da biodiversidade e do desmatamento das florestas. A Declaração do Rio e a Agenda 21 são dois dos mais importantes resultados da ECO-92. 
A partir do século XVIII começou a aparecerem os impactos ambientais decorrentes da Primeira Revolução Industrial; iniciada na Inglaterra, onde surgiu a primeira máquina a vapor, em 1698. Com a poluição do ar pela emissão de substâncias que alteram sua qualidade; foi percebido as transformações a que foram submetidas as primeiras cidades industriais. Contudo, persistia a ideia de que os recursos naturais eram infinitos para o uso dos seres humanos, não havendo barreiras para a sua exploração.
Porém, essa ideia começou a se modificar a partir da segunda metade do século XX, após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando os efeitos da ação do ser humano sobre a natureza ganharam novas proporções, e o padrão de desenvolvimento de então passou a ser questionado por muitos, que incluía desde membros da sociedade civil até administradores públicos. Assim, começou a se pensar a respeito das limitações dos recursos naturais e das consequências da exploração intensiva da natureza para o futuro da humanidade.
Devido a queima de combustíveis fósseis que emite à atmosfera gases de efeito estufa; faz com que radiação solar que chega até a superfície pode variar, podendo ser mais elevada em alguns períodos. Em decorrência do aumento do desmatamento com a retirada da cobertura vegetal; o planeta sofre variação em sua órbita segundo os movimentos que realiza, o que faz ele receber mais ou menos radiação solar.
Com a emissão de gases poluentes na atmosfera por indústrias e automóveis; temos como consequências temos os efeitos EL Niño e La Niña: Esses fenômenos causam alterações na temperatura média das águas do Pacífico, modificando as condições climáticas das áreas em que atuam.
Vários documentos foram produzidos alertando sobre a importância a conscientização de todos sobre a grave situação do planeta e da vida, tais como: A Carta da Terra (2003), e duas encíclicas do Papa Francisco; em 2015, sobre o cuidado da Casa Comum (Laudato Si); e em 2020, Todos Irmãos (Fratelli Tutti); onde propõem alternativas paradigmáticas, capazes de nos projetar e realizar um rumo diferente e salvador.
Na contramão desses documentos temos vários Projetos de Leis que incentivam o desmatamento, alguns deles: PL 686/2022, PL 364/2019 e PL 3334/2023, para citar três que nos causam grande preocupação. No Google, se encontra a explicação sobre eles. 
O Rio Grande do Sul foi castigado em maio de 2024, pela maior enchente da história de nosso estado, superando em muito a violência da natureza e suas consequências em comparação com a ocorrida em 1941; que em 22 dias de chuva em Porto Alegre, fez com que o nível do Guaíba atingisse 4,76 metros de altura. Neste ano em apenas quatro dias o nível deste Rio ultrapassou os cinco metros de altura. Será que a tragédia servirá de alerta que este “modo de produção” está destruindo nossa Casa Comum e precisa ser questionado e mudado de forma urgente? Selvagem não é aquele que vive na natureza, selvagem é aquele que a destrói. (Esquilo) 
 

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