Questão de cultura
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sexta, 21 de junho de 2024

Jogador brasileiro é muito chato.

Cito de modo geral, mas muitas vezes é irritante assistir um jogo de bola aqui pelas nossas bandas. Já começa pela qualidade (ou falta de), passando pela quase que diária enxurrada de reclamações, de pressão pelo lance que o juizão deu para o lado de lá, enfim.

Uma das polêmicas da semana foi a expulsão do Hulk, contra o Palmeiras. Não vou entrar no mérito de todo o ocorrido, mas o fato é que o jogador brasileiro é chato de galocha. Perguntar para o árbitro o porquê do cartão amarelo é do jogo, mas berrar na cara do cidadão, quase beijando-o na boca, é testar se o sangue do outro é de barata ou não.

O que mais me admira nisso tudo é que o jogador vai para o exterior, melhora bastante quanto a parte educacional e quando retorna parece que regride. Lá, se o adversário espirrar, ele responde com “saúde”. Se o espirro for aqui, ele manda o juiz olhar o VAR porque quase foi agredido. Mais ou menos isso.

Outro exemplo. Na Europa, quando ocorre um gol e o VAR anula, os jogadores dos dois times viram as costas e vida que segue. Ou jogo que segue, no caso. Aqui, os caras já correm junto com o juizão no momento que ele se desloca para o monitor. Vai mudar algo? Ele vai se virar para o atleta e dizer “tá certo, não vou mais para o monitor”? Não, né.

                A turma da arbitragem volta e meia já se atrapalha ao natural, aí vem o boleiro e coloca mais tempero, jurando que não, enquanto a imagem jura de pés juntos que sim. A questão é cultural, sei lá se um dia isso vai mudar. Porém, para o bem de todos, inclusive do próprio atleta, seria bom que mudasse. Com certeza o mundo da bola seria menos chato.

JOGO RÁPIDO

  • Depois de ceder o empate no último lance do jogo contra o Cruzeiro e também não ter conseguido superar o Passo Fundo, ambas dentro de casa, o União buscou uma importante vitória longe de seus domínios, contra o próprio Cruzeiro, melhorando sua posição na tabela e mudando o foco para a sequência da competição.
  • A vitória da última quarta-feira em Cachoeirinha deixou o União muito distante da zona de rebaixamento e, melhor ainda, colocou o clube frederiquense na briga pela classificação. É cedo ainda, tem muito campeonato, mas o fato é que o União está no bolo novamente.
  • Sábado de Gre-Nal, um clássico atípico pelo menos por dois motivos: é o primeiro da história sendo realizado fora do RS e também pelos vários desfalques entre os dois times. Como já se sabe, sempre fico em cima do muro quando se trata de Gre-Nal e assim irei permanecer, principalmente diante de tanta turbulência como atualmente.
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