Junho está acabando. Estamos passando a régua no primeiro semestre de um ano bem difícil e pesado aqui pelas nossas bandas. Contudo, a gente segue firme, podendo bater no peito com mais força ainda quanto ao nosso orgulho, mostrando ao Brasil que nossa fama não é apenas na teoria. E sem puxar brasa para o nosso assado, já pedindo desculpas aos demais (os quais inclusive muito nos ajudaram), não há um povo mais raçudo do que o nosso nessa Brasilzão enorme.

Junho também é o mês das festas juninas. Aqui a gente comemora apenas na data, mas existem lugares no Nordeste que a festa começa dia primeiro e termina dia trinta. Fico admirado com tanta energia daquela turma e que bom que se consiga comemorar algo em um país tão carregado.

Por falar em festas juninas, se tem alguém que nunca vou criticar é o meu filho. Ele não gosta de se vestir de caipira e quando tentou comer uma inofensiva paçoquinha, teve uma leve reação alérgica. Bom, sei lá se a paçoquinha era inofensiva mesmo, mas isso não vem ao caso agora.

Não julgo ele porque eu também era assim. Até participava das festas com a turma, fazia o bilhetinho para alguém entregar para aquela menina delicadamente vestida a caráter na esperança de comêssemos pipoca juntos, mas nem sempre funcionava. Não, não pense que aquela minha frustração era o motivo de não gostar da festa, simplesmente não tive sorte. Tipo o Baggio, em 94.

Fica o meu desejo de que o próximo semestre seja mais leve e que consigamos comemorar algo de fundamento no futebol. Seja com nosso União Frederiquense, com Inter ou Grêmio, mas que possamos nos sentir representados por algum deles, cada torcedor com sua cor, no caso. E vamos precisar ter sorte, pois a concorrência é pesadíssima. De azarado chega o Baggio. Ainda bem.

JOGO RÁPIDO

• Meio de semana ruim para Inter e Grêmio. Menos ruim para o colorado, que conquistou seis pontos dos últimos nove encarando Atlético-MG, Corinthians e o próprio Grêmio. Falando no tricolor, o sinal de alerta já deveria estar ligado, embora alguns discursos internos queiram mostrar que as coisas estão normais, algo que nenhum torcedor acredita.

• Depois de conquistar quatro pontos em seis disputados longe de seus domínios, o União Frederiquense volta a jogar em casa, neste domingo, diante do Esportivo. Leão da Colina já figura na zona de classificação e pode dar mais um importante passo para atingir o objetivo de passar de fase.

• Esportivo não está em um momento bom tanto dentro quanto fora de campo e perdeu, talvez, seu principal jogador, Gustavo Sapeka, expulso, para o confronto de amanhã. Será mais fácil? Longe disso. Mas certamente será menos difícil se a torcida comparecer à Arena.