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Recuperação
Frigorífico Mais Frango de Miraguaí projeta retomada do abate a partir de março de 2025
Para manter integrados e clientes, empresa concentra parte das atividades em plantas localizadas em dois outros municípios
Por: Márcia Sarmento
Publicado em: segunda, 10 de junho de 2024 às 11:33h
Atualizado em: segunda, 10 de junho de 2024 às 11:36h

Prestes a completar seis meses do incêndio que destruiu mais de 95% da fábrica da Mais Frango, em Miraguaí, a unidade mantém cerca de 500 funcionários que trabalham na produção de farinha (vísceras, pés e cabeças das aves) e óleo que são usados na fabricação da ração, utilizada para a alimentação dos frangos dos mais de 120 integrados do frigorífico. Desde o incidente, parte das atividades foi mantida, com o abate realizado em outros dois municípios.

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De acordo com o diretor da Mais Frango, Sadi Marcolin, a empresa estima um prejuízo acima de R$ 100 milhões, sendo na estrutura física, maquinário e em razão de custos operacionais de logística para manter a atividade. Apesar disso, a Mais Frango não deixou de produzir, adotando estratégias para não perder mercados e clientes, inclusive, com a manutenção das exportações.

– Estamos trabalhando para tentar honrar nossos compromissos, pois além do prejuízo com o que foi destruído, tivemos aumento no custo operacional. Para não parar, estamos levando frango para a unidade de Nova Araçá, que fica distante cerca de 300 km e para Nova Erechim, em Santa Catarina, frigorífico que arrendamos em 10 dias, logo após o incêndio e onde contratamos mais 300 colaboradores – explica Marcolin.

O diretor da Mais Frango destaca que neste período de quase meio ano, não houve nenhum tipo de socorro externo para a recuperação da empresa. “Estamos considerando fazer um financiamento, porém, em virtude das taxas de juros, como Selic, mais spread bancário muito alto, acreditamos que inviabilizaria o negócio em poucos meses. Ouvimos muitas promessas, mas nada de auxílio, de forma concreta, chegou”, esclarece o empresário.

Estratégias

Para tentar colocar a fábrica de Miraguaí em funcionamento novamente, as máquinas já foram praticamente todas adquiridas, e a empresa – que até antes do incidente, gerava 1.300 empregos diretos – deverá realizar a reconstrução da infraestrutura nos próximos meses. A ideia é reiniciar as atividades na unidade, retomando também a produção de todo o mix de produtos, até março de 2025.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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