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Maconha
STF fixa 40 gramas como quantidade limite para diferenciar usuário de traficante
Caso haja indícios de comercialização, como apreensão de balança, quantidade para caracterizar tráfico de drogas pode ser menor
Por: Márcia Sarmento
Publicado em: quinta, 27 de junho de 2024 às 10:22h
Atualizado em: quinta, 27 de junho de 2024 às 10:27h

Após nove anos, por seis votos a três, o Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou, na quarta-feira, 26, o julgamento que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e fixou a quantia de 40 gramas para diferenciar usuários de traficantes.

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Com a decisão, não comete infração penal quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo até 40 gramas ou seis plantas fêmeas de maconha para consumo pessoal. A decisão deverá ser aplicada em todo o país após a publicação da ata do julgamento, que deve ocorrer nos próximos dias.

A decisão do Supremo não legaliza o porte de maconha. O porte para uso pessoal continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em local público, mas as consequências passam a ter natureza administrativa e não criminal. 

A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, antes da decisão da Corte, usuários de drogas eram alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscavam a condenação para o cumprimento dessas penas alternativas. A advertência e presença obrigatória em curso educativo seguem mantidas e deverão ser aplicadas pela Justiça em procedimentos administrativos, sem repercussão penal. O registro de antecedentes criminais também não poderá ser avaliado contra os usuários.

A decisão também permite a prisão por tráfico de drogas nos casos de quantidade de maconha inferiores a 40 gramas. Nesses casos, deverão ser considerados pelos delegados indícios de comercialização, apreensão de balança para pesar o entorpecente e registros de vendas e de contatos entre traficantes.

Fonte: Jornal O Alto Uruguai, com informações da Agência Brasil
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