Os medicamentos podem ficar mais caros no Brasil. Na última segunda-feira, 31 de março, foi publicada no Diário Oficial da União a resolução do reajuste no preço dos remédios, autorizando até 5,06% de alta na precificação. O percentual de aumento corresponde à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos 12 meses. A decisão foi tomada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e autorizada pelo Governo Federal.
Níveis do reajuste
O reajuste terá três níveis, de acordo com a competitividade dos produtos no mercado. Os medicamentos de nível 1, mais competitivos, terão o teto de 5,06%; os de nível 2, podem subir até 3,83% e, os de nível 3, podem sofrer reajuste de, no máximo, 2,6%. A correção é anual e, conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tem o objetivo de proteger o consumidor de aumentos abusivos. O reajuste médio ficou em 3,48%, o menor desde 2018.
Nem todos serão afetados
É importante lembrar que os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) estão fora do controle de preços, ou seja, não serão afetados pelo reajuste anual. Alguns exemplos são: analgésicos, antitérmicos, antigripais, descongestionantes nasais, antialérgicos, antiácidos, produtos dermatológicos, produtos para dor articular e muscular.