Um ano depois do desaparecimento de Rafael Winques, em Planalto, a comunidade local realizou uma homenagem para o menino, morto por asfixia mecânica. O momento de oração ocorreu na manhã deste sábado, 15, no prédio do Conselho Tutelar, ao lado do local onde o rosto de Rafael foi grafitado.
Um pequeno grupo de pessoas participou do momento, que foi promovido pela Prefeitura de Planalto. Falaram ao público o prefeito Cristiano Gnoatto (MDB) e o pároco Nelcir Chies.
Mãe do melhor amigo de Rafael desabafa
Jaqueline Luiza Mesnerovicz, mãe de Andrey – melhor amigo de Rafael – esteve presente na cerimônia. Ao fim do momento, ela retornou ao cemitério de Planalto, onde havia estado mais cedo, para organizar o túmulo de Rafa.
Ao lado da tia-avó de Rafael, Noeli Batista, Jaqueline desabafou, na entrada do cemitério. “Comparam esse caso ao caso do menino Bernardo, mas não é bem assim. A família do Bernardo ficou para ajudar. Aqui, ninguém da família ajuda, não nos procuram. Faz um ano que a chave do jazigo do Rafael fica comigo ou com a tia [Noeli]. Ninguém veio atrás”, comenta, afirmando que o pai do menino, Rodrigo Winques, nunca procurou ela.
No cemitério, Jaqueline pintou no chão um caminho que leva até o túmulo de Rafael. A linha branca no chão foi decorada com algumas flores, que conduzem até o local onde repousa o corpo do menino. Lá, há diversas cartinhas enviadas por crianças e adultos de todo o país, além de flores e outras homenagens.
Tia de Alexandra Dougokenski por parte de pai, Noeli argumenta que a mãe de Rafael era “como uma filha”, mas que nos dias do desaparecimento de Rafa, Alexandra mudou o comportamento. “Quando fiquei sabendo do desaparecimento, fui na casa falar com ela [Alexandra], mas ela me tratou mal, estava muito diferente, eu senti algo estranho”, comenta. Ela também afirma que a mãe de Alexandra não demonstrou preocupação para ajudar na manutenção do túmulo de Rafael.
Caso pode ser julgado nesse ano
A expectativa é que o caso da morte de Rafael seja julgado ainda nesse ano. As informações sobre o andamento do processo e também sobre a maneira como a comunidade está lidando com o trauma da morte do menino estão disponíveis nessa reportagem. Clique para acessar.
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