Em virtude da repercussão sobre o caso de vandalismo e sacrifício de animais ocorrido no Cemitério Jardim da Saudade, em Frederico Westphalen, a Yalorixá de cultos afros e embaixadora da Federação Espiritualista Brasileira (Febrai), Mãe Tainá D’Oyá, repudiou o ato, destacando que se trata de vandalismo e maus tratos aos animais.
- Tudo o que foi feito no local foi realizado para dar uma configuração como se fosse de um ritual religioso ou de seita. Mas dentro da religião de matriz africana, da Quimbanda, onde há a sacralização dos animais o que aconteceu ali não se identifica com nada. Em todos os sacrifícios que são feitos, a carne é totalmente preparada depois para a alimentação -, explicou.
Segundo Tainá, o problema é que as pessoas associam o que aconteceu com as religiões de matriz africana. “Sofremos muito preconceito. Nossos rituais não chegam perto disso. Na minha opinião como sacerdote de cultos afros, o que foi feito um total vandalismo, uma depredação a um ambiente privado, porque um jazigo tem dono. Foi, claramente, violação da lei e maus tratos aos animais da maneira que foi feito”, acrescentou.
Prefeitura realiza reunião sobre atos no cemitério
Ela também reforçou a importância do papel da prefeitura para coibir essas situações. “Antigamente existia um vigilante que nos acompanhava para os nossos rituais, que são feitos na Cruz Mestre, nada em cima de túmulos ou jazigos, isso é uma violação de propriedade. Então, precisa de mais vigilância, inclusive, eletrônica, pois furtos também já ocorreram lá”, alertou.