O Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), da Polícia Civil, investiga uma possível chegada do Fentanil no Rio Grande do Sul. A substância sintética foi desenvolvida em 1960, e é utilizada para aliviar dores, mas tem sido empregada na potencialização de drogas, como a cocaína e a heroína, causando a morte de milhares de usuários.
Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 70 mil pessoas morreram em 2022 por causa deste medicamento, sendo responsável por 70% dos óbitos provocados por overdose naquele país. A droga começou a ser adicionada à heroína na Califórnia, pelos cartéis mexicanos que controlam o tráfico.
Segundo o delegado Carlos Wendt, diretor-geral do Denarc, é de suma importância que as autoridades sanitárias e de segurança pública redobrem os cuidados. “Precisamos ficar atentos à entrada, produção e ao controle do uso desta substância no RS para evitarmos o grave problema enfrentado em regiões da América do Norte. A droga, além de ser consumida de forma direta, também pode ser misturada a outras, até mesmo para ludibriar os usuários em relação à natureza do que estão consumindo”, afirmou Wendt.
A naloxona pode reverter o efeito da droga
Apesar do Fentanil agir rapidamente no corpo humano, a naloxona pode reverter os efeitos dos opioides, estando disponível como spray nasal e como injeção intramuscular. Mas o problema é que se a pessoa está tomando uma overdose, não consegue salvar a própria vida, por isso, é importante que amigos e familiares fiquem atentos e saibam administrar esse antidoto, pois alguém que tomou Fentanil pode precisar de mais de uma dose para ser reanimado. Cabe destacar a necessidade de acionar os serviços de emergência para obter atendimento médico imediato.
