Os advogados Ezequiel Vetoretti, Eduardo Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares, que fazem parte da banca de defesa de Leandro Boldrini, acusado pela morte de seu filho, Bernardo Boldrini, emitiram uma nota oficial nesta sexta-feira, 14, onde afirmam que pedirão a anulação do júri realizado entre os dias 20 e 23 de março, no Fórum da Comarca de Três Passos. Boldrini foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, dissimulação e emprego de veneno) e falsidade ideológica. Já pelo crime de ocultação de cadáver, o conselho de sentença entendeu pela absolvição do réu.
Segundo a defesa, um dos jurados violou o princípio da imparcialidade ao fazer publicações declarando predisposição a condenar o réu, antes mesmo do júri. “Leandro Boldrini foi condenado por apertadíssima maioria (4x3), sendo que esse jurado, antes mesmo de iniciar o julgamento, possuía prévia disposição para condená-lo. A atitude do jurado não violou apenas o constitucional direito do réu de ser julgado por um juízo imparcial, núcleo fundante do devido processo legal, colocando em xeque a própria Constituição do Tribunal do Júri, o que, com a máxima vênia, representa um atentado contra a Justiça Brasileira”, escreveram os advogados em nota.
