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Professora da UFSM-FW representa a instituição no programa de combate à desinformação do STF
Luciana Carvalho esteve em Brasília no lançamento do projeto “STF na Escola”
Por: Wagner Stan
Publicado em: quarta, 21 de junho de 2023 às 11:21h
Atualizado em: quarta, 21 de junho de 2023 às 11:26h

A professora do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria, campus de Frederico Westphalen (UFSM-FW), Luciana Menezes Carvalho, é a atual representante da UFSM no Programa de Combate à Desinformação do Supremo Tribunal Federal (STF). Várias universidades do país integram o programa. 

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A professora representou a instituição, em Brasília, na reunião do Programa em que foi lançado o projeto “STF na Escola”. No evento, os integrantes do STF escutaram as sugestões dos professores presentes, momento no qual Luciana expôs ao grupo suas sugestões e propostas. Uma das ideias da professora, bem recebida pelo STF, é o desenvolvimento de um projeto de extensão com base em conteúdo sonoro, que pretende oferecer oficinas aos veículos de rádio da região, auxiliando os colaboradores a desenvolver mecanismos para identificar o que é verdade ou não, contribuindo para a disseminação de fatos corretos no ambiente social. O projeto, desenvolvido na Agência Da Hora, já está em ação no campus Frederico Westphalen, sob orientação das professoras Luciana Carvalho e Mirian Quadros.

– A rádio tem um poder muito forte de furar bolhas, tem proximidade com as pessoas”, assim o objetivo da ação é desenvolver conteúdos que esclareçam dúvidas da população. Os alunos vão para a rua e perguntam para as pessoas, por exemplo: o que você entende por STF?, já ouviu falar?, possibilitando que os veículos informem a população sobre o funcionamento do Supremo Tribunal Federal e suas atribuições – explicou a professora. 

O projeto vai desenvolver três eixos de conteúdo sonoro para as rádios comunitárias da região que são parceiras da ação. O primeiro vai trabalhar com assuntos voltados para a política, a cidadania e a democracia. O segundo aponta para a ciência, abordando questões ambientais e saúde. Por fim, o terceiro eixo se concentra na mídia, falando sobre as diferenças entre notícia, coluna de opinião e reportagem, por exemplo. 

Histórico na área 
O interesse da docente em trabalhar no combate à desinformação começou durante a pandemia. As reuniões de pauta, entrevistas e aulas passaram a ser em formato online, circunstância que fez Luciana perceber a quantidade de notícias falsas que estavam circulando nas redes sobre a pandemia, a vacina e a situação mundial frente a essa crise. 

Observando essa problemática, a professora desenvolveu o projeto "Agência da Hora no combate à desinformação", no qual professores e alunos da área da comunicação produziram reportagens semanais para divulgação, a partir do método de apuração jornalística tradicional.
Luciana conta, ainda, que a primeira ideia do grupo era checar a veracidade de notícias enviadas pela população. Mas, refletindo sobre a polarização social e o público-alvo do programa, a produção de reportagens provou ser a melhor estratégia no combate às notícias falsas. As reuniões de pauta ocorriam semanalmente em formato online, a partir disso os estudantes realizavam a apuração das notícias, escutando fontes confiáveis, como pesquisadores, por exemplo, buscando oferecer um material descomplicado e informativo para a população. Reportagens para o site da UFSM/FW, newsletter semanal e programetes, enviados para mais de 40 emissoras de rádio da região, são alguns dos materiais produzidos pela equipe no combate à desinformação durante esse período.

Depois disso, quando a situação pandêmica se estabilizou, o curso de Jornalismo da universidade manteve o interesse no tema do combate às Fake News. Pensando nisso, a professora Luciana ofertou uma Disciplina Complementar de Graduação (DCG), aos alunos da comunicação, com o tema “Jornalismo no Combate à Desinformação”. Mais tarde, com a reformulação do currículo, a matéria se tornou uma Disciplina Complementar de Graduação Extensionista (DECEx). Além da DECEx, atualmente Luciana está envolvida em seu grupo de pesquisa, o “Desinfomídia”, que elabora estudos sobre a desinformação no ecossistema midiático. O grupo discute textos, artigos e livros que permeiam essa temática.

Matéria produzida por Julia Frizon Cechin

Fonte: Jornal O Alto Uruguai, com informações da UFSM-FW.
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